As duas piores características que um ser humano pode praticar é ser sincero e ter esperanças. A sinceridade provoca inimigos, a esperança causa o câncer - que alguns conhecem pelo eufemismo: ilusão!
O poder que a sinceridade possui de transmudar aliados em inimigos, amizade em inimizade, relação de trabalho em processo judicial e casamento em medidas de restrição foi reforçado pela Veja dias destes; a revista citou tortuosamente Oscar Wilde, que frisou e alertou sobre os perigos que o sincero enfrenta ao praticar-se.
Já a esperança é pouco narrada, exceto por um exemplo ou outro de superação. Sempre bobos, mesquinhos, diminutos e pequenos. História de pobres enriquecidos, de fracassados e suas vitórias, de reencontros seculares... quase sempre a esperança é ligada a uma qualidade levando a uma conquista.
Na vida real não é bem assim. A regra é o oposto. A esperança leva a ilusão e esta à catastrófica e melancólica "desilusão". E a sensação de queda-livre é inevitável! Aí vem o que todo mundo está careca de ouvir: negação, culpa, aceitação, bi-bi-bi e bó-bó-bó, e assim, nos tornamos brasileiros, ou apenas o que somos!
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